Viola Davis, Tatiana Ali, Belomania e os 50 anos de "A Tábua de Esmeralda"
Do choro de Belo aos 50 anos do grande clássico da MPB e disco fundamental para a música negra. Seis e Um Newletter no ar!
Choro, muita comoção e gritaria. Tudo no melhor estilo beatlemania.
Ou melhor: Belomania.
Além do esperado reencontro de alguns integrantes da formação original (Belo, Claudinho Oliveira, Dado Oliveira e Crisevertom), a apresentação do grupo Soweto (19/4), no Allianz Parque (SP), contou com um componente extra.
Recém-separado da ex-mulher (Gracyanne Barboza), o cantor romântico e vocalista do grupo de pagode virou o centro das atenções no noticiário nacional [e, por conta do show em um estádio de futebol, o cantor apareceu até em reportagens canais esportivos].
O “Caso Belo” superou até citações sobre o esperado show de reencontro/celebração dos 30 anos de sua antiga banda — que levou 45 mil pessoas ao estádio do Palmeiras.
Autor de uma trajetória que parece um roteiro pronto para filme, Belo magnetizou uma plateia fanática, que contemporiza sobre seus defeitos, ameniza ao limite seus diversos erros na trajetória pessoal e profissional e, claro, enaltece — de forma superlativa — o grande vocalista que ele (de fato) é.
O Soweto ainda tem apresentações agendadas para 29 cidades brasileiras.
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Além da brilhante e premiada carreira como atriz, o empreendedorismo faz parte do DNA de Viola Davis. Em parceria com o marido, Julis Tennon, a atriz e empresária acaba de lançar uma editora de livros.
A JVL Media pretende se tornar uma plataforma para diversidade e grupos marginalizados na cultura. Para isso, Viola contratou Lavaille Lavette — autor, editor de livros de não-ficção e ficção.
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Tatiana Ali (a Ashley Banks da clássica série/sitcom “Um Maluco do Pedaço”) acaba de lançar a Baby Yams — projeto responsável pela produção de uma série de edições limitadas de colchas para bebês.
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Em sua curta passagem por São Paulo (SP), Oprah Winfrey comprou modelos de bolsa da marca Misci, do designer matogrossense Airon Martin.
A apresentadora e empresária norte-americana — que apresentou uma disputada palestra no Legends in Town — levou para casa quatro bolsas do modelo Bambolê (R$ 2.280 cada).
Sem ser reconhecida na loja, Oprah deixou cerca de R$ 10 mil nos caixas da marca — localizada no shopping Cidade Jardim [Zona Sul de SP].
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O que estamos vendo, ouvindo e dando likes
Freddy Cole - “I Loved You”: Mergulho no túnel do tempo! Clássico, a belissima música traz a assinatura do irmão de Nat King Cole (e tio de Natalie), fez parte da trilha sonora da novela Dancin´ Days (1978).
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“Kings From Queens: A História Do Run DMC” — O bom doc promete mostrar a história nunca contada do Run DMC, um dos maiores grupos de rap da história. E cumpre com méritos a missão.
“Eles são a razão pela qual o hip-hop é tão grande como é agora”, explica Ice Cube no trailer
Documen tário obrigatório para quem gosta de música e — principalmente — de música negra.
Filha de rapper… O rap e as rimas estão no DNA da família do rapper Method Man. Que o digam as rimas que Chey — filha do músico — vem apresentando em redes e plataformas sociais, como o Instagram.
Coisa fina!
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E a gente encerra esta edição da newsletter do Seis e Um Podcast com uma homenagem aos 50 anos do clássico “A Tábua de Esmeralda”, de Jorge Ben (ainda não existia o Jor quando o álbum foi lançado).
Para entender melhor o álbum, vale a leitura do ótimo post “Os Códigos `secretos´ da alquimia escondidos em disco de Jorge Benjor”, no Instagram da BBC Brasil.
A publicação da emissora britânica disseca o álbum de Ben — considerado um dos melhores discos de toda a história da música popular brasileira [e obra fundamental para entender a música negra no País]:
"Ben Jor me contou que ambos viram um grupo de pessoas com roupas do século 15 na porta da sala. Era um grupo de alquimia. Foi uma visão mesmo, porque aquele não era um dia de reunião de alquimistas", conta a jornalista Kamille Viola, autora do livro 'África Brasil: Um Dia Jorge Ben Voou para Toda a Gente Ver'.
Seis meses depois daquela visão, em 1974, o cantor lançaria no Brasil e na França seu disco preferido da carreira — e, quiçá, o mais cultuado dos 38 que ele fez desde os anos 1960: 'A Tábua de Esmeralda'.
No limite, o disco é uma espécie de compêndio, quase um tratado musicalizado para alçar a alquimia ao patamar de arte e de filosofia ao mesmo tempo, seguindo sempre uma interpretação autêntica dela feita por Ben Jor.